O Quarto Branco teve seu retorno confirmado ao BBB 20 por Boninho recentemente. O E+ conversou com Ralf Krause, da primeira leva de participantes que passaram pelo cômodo que possui quase tudo na cor branca, à exceção de um botão vermelho em seu centro, que significa a desistência do Big Brother Brasil para quem apertá-lo.
“Acho o Quarto Branco perigoso para a saúde mental dos participantes. Você pode nunca ter pânico na vida, mas, depois da primeira vez, a chance de ter outras é muito grande”, avalia Ralf.
Na sequência, prossegue: “Eu nunca tinha tido pânico em lugares fechados. Depois do Quarto Branco, passei a ter ataques de pânico e claustrofobia em aviões, elevadores, trens e em qualquer lugar apertado e cheio de gente”.
A opinião de Ralf é diferente da de Leonardo Jancu, que apertou o botão vermelho e desistiu do confinamento no Quarto Branco.
Ralf Krause, que participou do ‘Quarto Branco’ do ‘BBB 9’ Foto: Fabrício Mota / Globo / Divulgação
“Ele disse em entrevista que se fosse hoje ficaria um mês lá, se precisasse, mas só dá para saber o que vai acontecer quando se está lá dentro”, opina Ralf.
Sobre o retorno do Quarto Branco ao Big Brother, comenta: “Desejo toda a sorte do mundo aos participantes do BBB 20 que entrarem lá. E que Deus os proteja.”
O Quarto Branco
Newton e Ralf, do ‘BBB 9’, em sua saída do Quarto Branco. Foto: Fabrício Motta / Globo / Divulgação
Ralf relembra o que sentiu quando entrou no cômodo pela primeira vez: “Tive um ataque de pânico, de verdade. Meu coração foi a mil, adrenalina por todo corpo, minha vontade era quebrar tudo. Alertei a produção. Falei: ‘espero que saibam o que estão fazendo, se alguém ficar louco aqui dentro, não será um tapinha nas costas que vai consertar'”.
Ele também conta a atitude que tomou na ocasião: “Não quis que o Leo e o Tom percebessem que eu estava fragilizado e completamente fora de controle. Ajoelhei no pé da cama e rezei ininterruptamente por 40 minutos”.
“Eu queria dormir o máximo possível para tentar fazer o tempo passar. Acordei umas três vezes durante a noite com ataques de pânico. Foi talvez a pior experiência que tive na vida”, diz, sobre sua estratégia.
Para Ralf, Newton, que os colocou lá dentro após atender a um chamado do Big Fone, acreditou que a punição seria “tipo um monstro”, e, por isso, escolheu os amigos mais próximos para ir junto.
“Talvez tenha pego o Bial um pouco de surpresa, pois ele teve dificuldades de explicar quais as condições daquele confinamento. O Bial não explicou o que aconteceria se ninguém desistisse e se o indicado não saísse no Paredão”, avalia.
Pressão psicológica no Quarto Branco
Na ocasião, o trio seria liberado após o Paredão realizado dois dias depois da entrada no Quarto Branco, caso o nome que haviam indicado fosse eliminado.
“Eu e o Leo escolheríamos o Max [futuro campeão do BBB 9] como indicado, mas o Tom achava ele forte e aí surgiu o nome do Alexandre, que era um cara muito legal, mas meio apagado na casa”, lembra Ralf.
Alexandre, de fato, acabaria saindo, mas Leo acabou apertando o botão vermelho antes, liberando seus colegas. Porém, isso acabou sendo indiferente, pois o botão vermelho foi apertado.
À época, Leo, que pressionou o botão e desistiu do programa, alegou que teria sofrido mais “pressão psicológica” por parte de Newton.
“O Tom começou a dizer que tinha sido detido nos tempos dele de serviço militar, e que para ele não teria problema ficar lá uma semana. Isso colocou pressão no Leo”, comenta Ralf.
“Conversamos por umas duas horas, eu disse para o Leo aguentar. Infelizmente, o Tom falou para o Leo coisas como ‘se você está se sentindo mal, melhor apertar o botão. Melhor não forçar’. Eu realmente não sei com qual intenção ele falou isso”, relata sobre o último dia de Leo na casa do BBB.
“Eu achava cruel demais desistir. Algo que ficaria marcado para sempre. Comecei a tentar convencê-lo de ficar. Até meditação tentamos fazer juntos. Mas a verdade é que eu mal conseguia me ajudar”, prossegue.
“O Tom saiu do Quarto Branco queimado com o público. Na semana seginte, ele foi para o paredão e saiu com a maior rejeição do nosso programa [72%]”, recorda.
Hoje, o próprio Leo acredita que teve uma percepção equivocada: “Na época, comentei que tinha sido por causa do Tom, mesmo. Na real, meio que fizeram a minha cabeça a falar isso. O Tom nada teve a ver com a minha desistência, eu desistiria com ou sem o Tom ali”.
Como está Ralf, do BBB 9, atualmente
Há cinco anos, Ralf casou-se com Lauren, uma inglesa, e há três está morando na Inglaterra, onde vive em Londres. Ele trabalha como gerente de contas nacionais para uma indústria britânica que fabrica bicicletas dobráveis.
Ralf teve sua primeira filha, Mimi Regina, em maio de 2019, e pratica esportes de resistência, como maratona e triatlo.
Fonte: EmaisEstadão
Comments