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Foto do escritorPortal Saúde Agora

Após exoneração, cúpula da Saúde do DF é transferida para ala de vulneráveis da Papuda



Após o governador Ibaneis Rocha (MDB) exonerar o secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, e outros seis integrantes da pasta, quatro investigados na operação Falso Negativo foram transferidos para a ala de presos vulneráveis no Complexo Penitenciário da Papuda, nesta segunda-feira (14).


Os gestores estavam no Centro de Detenção Provisória (CDP II) desde o dia 2 de setembro. Apenas o ex-secretário de saúde, Francisco Araújo, permanece em uma sala especial, no 19º Batalhão da Polícia Militar.

A decisão é da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais. Segundo a magistrada, a operação Falso Negativo "teve grande repercussão nacional" e, por isso, exige as medidas adotadas. "[...] Certamente, demanda adoção de providências para resguardo de suas integridades físicas, com o objetivo de evitar que se tornem vítimas de extorsão ou outros crimes por parte de algum companheiro de cela". Quanto a Francisco Araújo, a juíza afirmou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre a exoneração dele. No entanto, "assim que for informada no processo", ela vai determinar a transferência do ex-secretário para o mesmo lugar onde estão os outros investigados. A ala de presos vulneráveis, para onde vão os detidos, é o mesmo setor onde o ex-senador Luiz Estevão e o ex-ministro Geddel Vieira Lima já cumpriram pena, antes de irem para a prisão domiciliar. Estão na ala de vulneráveis da Papuda os cinco investigados:

  • Ricardo Tavares

  • Eduardo Seara Machado Pojo do Rego

  • Ramon Santana Lopes Azevedo

  • Jorge Antônio Chamon Junior

Antes de serem exonerados, todos foram afastados dos cargos e Chamon, oficialmente desligado. Os suspeitos tentam habeas corpus na Justiça. Exonerações O grupo foi preso em 25 de agosto, alvo da operação Falso Negativo, que apura fraudes na compra de testes para a Covid-19 e equipamentos para hospitais. Também perderam os cargos:

  1. Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde do DF

  2. Emmanuel de Oliveira Carneiro, diretor de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde

  3. Iohan Andrade Struck, subsecretário afastado de Administração Geral da SES-DF

  4. Erika Mesquita Teixeira, gerente de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde

A suspeita é de que as irregularidades tenham gerado prejuízo de R$ 18 milhões aos cofres públicos. Na sexta-feira (11), o Ministério Público (MPDFT) apresentou denúncia contra o secretário e outros 14 investigados. Se a denúncia for aceita pelo Tribunal de Justiça do DF, os acusados viram réus. Os promotores cobram R$ 46 milhões dos envolvidos como reparação, além da perda dos cargos dos agentes públicos envolvidos. Investigados Durante a investigação, Eduardo Hage chegou a ser preso, porém, conseguiu liberdade pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele deve cumprir determinações da Justiça, como manter distância da pasta e não fazer contato com outros suspeitos ou servidores.

Há um mandado de prisão contra Iohan Stuck, que é considerado foragido. A defesa dele afirma que o subsecretário está isolado com sintomas da Covid-19. Um teste, no entanto, teve resultado negativo. Os advogados questionam o exame.


Fonte: G1

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