Um bebê de quatro meses foi encaminhado para um hospital e internado na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital pediátrico na Itália após entrar em coma alcoólico causado por uma suposta ingestão de vinho.
De acordo com as informações divulgadas por uma agência de notícias italiana, a mãe da criança teria confundido a bebida, que estava guardada em uma garrafa escura, com água quando foi diluir o leite em pó para preparar a mamadeira do bebê.
Após notar que o filho não estava bem, a mulher levou o levou para o pronto socorro de um hospital em Brindisi, no sul do país, onde médicos realizaram uma lavagem gástrica. Em seguida, ele foi encaminhado e intubado no hospital pediátrico Giovanni XXIII, em Bari.
Riscos de crianças consumirem bebidas alcoólicas
Médicos ressaltam que quanto menor a idade de início da ingestão de bebida alcoólica, maiores as possibilidades de se tornar um usuário dependente ao longo da vida — principalmente se esse início ocorre antes dos 16 anos.
Isso porque os efeitos danosos do álcool repercutem em áreas cerebrais ainda em desenvolvimento, associadas a habilidades cognitivo-comportamentais, resultando em desajuste social e atraso na aquisição de habilidades próprias da adolescência.
Segundo os especialistas, entre os principais riscos estão: sequelas neuroquímicas, emocionais, déficit de memória, perda de rendimento escolar, retardo no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades, entre outros problemas.
No Brasil, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, regulamentado pela Lei 13.106/ 2015, vender ou oferecer bebida alcoólica para menores de 18 anos é crime que pode resultar em detenção de dois a quatro anos do vendedor, aplicação de multa de até R$ 10 mil ou interdição do local de venda. A lei não limita as punições aos comerciantes. Qualquer adulto, inclusive familiares ou amigos que oferecem bebidas alcoólicas a criança ou adolescente, está sujeito às sanções.
Fonte: O Globo
Comments