
Virginia Fonseca divulgou pelas redes sociais que o filho caçula, José Leonardo, de cinco meses, está internado no Hospital Jutta Batista com uma bronquiolite, infecção viral que inflama os bronquíolos, e precisará de um tratamento intensivo.
"Hoje tive a clara certeza de que nós fazemos um plano e Deus faz outro! Tinha combinado tudo para ir pra Florianópolis fazer uma surpresa para o Zé, curtir o show dele, mas Deus tinha outro combinado… José está com bronquiolite. Não está grave, mas precisando de tratamento intensivo", disse a influenciadora.
Na imagem que Virginia postou é possível ver que o bebê está usando equipamentos para melhorar sua respiração.
O que é a bronquiolite?
É uma doença respiratória aguda que afeta principalmente crianças com menos de dois anos. Ela é caracterizada pela inflamação dos bronquíolos, ou seja, das pequenas vias aéreas nos pulmões, que ligam os brônquios aos alvéolos.
Isso pode levar a dificuldade de respirar, porque pode bloquear a saída de ar dos pulmões, e causa um assobio (chiado) durante a passagem do ar por essas vias mais estreitas. Quanto menor for a criança, mais estreito é o bronquíolo e qualquer inchaço já leva a uma obstrução significativa.
Causas
A condição é causada principalmente por infecções virais, e o vírus sincicial respiratório (VSR) é o agente infeccioso mais comum associado a essa condição. Outros vírus respiratórios que podem ser associados em crianças mais velhas são o rinovírus e o adenovírus.
O vírus da gripe (influenza) também pode causar sintomas respiratórios graves e, em alguns casos, resultar em bronquiolite. E por último o metapneumovírus que também pode causar infecções do sistema respiratório.
Sintomas
Os sintomas de bronquiolite podem variar de leves a graves e, em alguns casos, a condição pode exigir atenção médica imediata. Ela geralmente começa com sintomas semelhantes a um resfriado, com: coriza, espirros, febre leve e tosse, porém podem avançar para uma respiração rápida e forte, chiado no peito e aumento no esforço respiratório. A tosse, nesse caso, é mais persistente.
Entre os principais sintomas de bronquiolite em bebês, podemos destacar:
Falta de ar;
Dificuldade para respirar;
Chiado no peito;
Boca e ponta dos dedos adquirem uma aparência azulada (causada pela falta de circulação de oxigênio no sangue);
Tosse;
Febre frequente;
Fadiga;
Respiração rápida.
Tratamento
É preciso manter a criança bem hidratada e em repouso, além de evitar ao máximo que ela tenha contato com fumantes. Podem ser recomendadas a realização de sessões de inalação para aliviar o pulmão da criança e a lavagem nasal com soro fisiológico.
Ela deve ficar em suporte e em observação no hospital. Em alguns casos é necessário ainda o uso de broncodilatadores (substâncias que promovem a dilatação das pequenas vias aéreas nos pulmões), especialmente quando há chiados evidentes.
Vacina
O Brasil decidiu incorporar a vacina contra a principal causa de bronquiolite infantil, o vírus sincicial respiratório (VSR), no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante é o Abrysvo, da Pfizer, e será incluído no Calendário Nacional de Vacinação da Gestante do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A vacina, primeira no mundo que tem como objetivo proteger os bebês do VSR, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil em abril. Em dose única, ela é destinada às gestantes de até 49 anos e deve ser aplicada durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez. O objetivo é que a mãe desenvolva os anticorpos e os transfira para o bebê ao longo da gestação, protegendo dessa forma os recém-nascidos.
Nos estudos clínicos de fase 3, a estratégia reduziu em 81,8% os casos de doença do trato respiratório inferior (DTRI) grave nos primeiros três meses de vida do bebê, e em 69,4% seis meses após o nascimento.
Segundo o Ministério da Saúde, dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) indicam que o VSR é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% das pneumonias em crianças menores de dois anos. A pasta estima que uma em cada cinco crianças infectadas pelo vírus necessite de atendimento ambulatorial, enquanto uma em cada 50 seja hospitalizada no primeiro ano de vida.
Fonte: O Globo
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