Conhece as recomendações de atividade física, sono e tempo de tela para crianças pequenas? A maioria não cumpre

Um estudo recente descobriu que apenas 14% das crianças em idade pré-escolar ao redor do mundo estão atendendo às recomendações de atividade física, comportamento sedentário e sono (chamados, em conjunto, de comportamentos de movimento) indicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo a organização, uma criança em idade pré-escolar (3, 4 e 5 anos) deve:

• praticar três ou mais horas de atividade física total (incluindo pelo menos uma hora de brincadeiras ou atividades energéticas que as deixem um pouco sem fôlego),

• ter, no máximo, uma hora de tempo de tela

• 10 a 13 horas de sono de boa qualidade

Essas diretrizes servem para garantir benefícios à saúde, como redução do risco de obesidade, melhores habilidades sociais e emocionais e habilidades motoras proficientes.

O levantamento analisou mais de 7 mil crianças de 33 países ao redor do mundo e foi publicado no JAMA Pediatrics.

Ao analisar cada comportamento de movimento individualmente para crianças em idade pré-escolar ao redor do mundo, 49% atenderam às recomendações de atividade física, 42% atenderam à recomendação de tempo de tela e 81% atenderam à recomendação de sono. O fato de 86% das crianças pequenas não estarem cumprindo todas as recomendações das diretrizes combinadas é "alarmante", segundo os pesquisadores.

No total, 17% dos meninos cumpriram todas as recomendações das diretrizes, em comparação com 13% das meninas. Essa diferença foi motivada por mais meninos cumprindo a recomendação de atividade física (56% meninos, 42% meninas) e protegida de ser ainda pior por mais meninas cumprindo as recomendações de tempo de tela (45% meninas, 38% meninos) e sono (82% meninas, 79% meninos).

Países de baixa renda tiveram os maiores níveis de adesão às diretrizes de comportamento de movimento (17%), em comparação com países de renda média (12%) e alta (14%).

Enquanto crianças de países de alta renda eram mais ativas e tinham sono de mais qualidade, elas também tinham os piores comportamentos de tempo de tela em comparação com países de baixa e média renda.

Fonte: O Globo