O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) afirmou, nesta sexta-feira, que, na próxima semana, vai ouvir as testemunhas que estavam no Centro Obstétrico do Hospital e Maternidade Brasil, em São Paulo, quando a atriz Klara Castanho deu à luz. A instituição está apurando o suposto envolvimento de uma profissional de enfermagem na quebra de sigilo durante o exercício profissional. As oitivas serão realizadas porque a casa de saúde negou ao Coren o acesso ao prontuário médico de Klara, que relatou ter sido ameaçada por uma enfermeira ao ter o filho, fruto de uma violência sexual. Logo depois, o caso foi vazado para a imprensa.
"Desde a divulgação do caso pela imprensa, o Conselho está atuando no levantamento de informações acerca da ocorrência. No dia 27 de junho, foi realizada fiscalização na unidade, na qual a fiscal teve acesso às escalas de trabalho dos profissionais de enfermagem que estavam no Centro Obstétrico no dia 10/05/2022, que foram providenciadas pelo enfermeiro Responsável Técnico”, disse o comunicado.
Klara revelou ter engravidado após um estupro. A atriz afirmou ainda que entregou a criança à adoção, seguindo os trâmites legais. Numa carta aberta publicada no Instagram, ela disse ter sido ameaçada por uma enfermeira. “Foi instaurado um processo administrativo, com indicação de um conselheiro relator para apuração dos fatos e de possível infração ética profissional. O conselheiro solicitou acesso à instituição para apurar in loco o caso, por meio de averiguação de prontuários e oitivas com os profissionais integrantes da escala na referida data, porém, diante da dificuldade de acesso ao prontuário da atriz, o setor de Processos Éticos do Coren-SP convocou os profissionais integrantes da escala de atendimento na data do acontecimento, para coleta de depoimentos, na subseção do Coren-SP em Santo André, unidade de referência da região atendida pelo Hospital Brasil. As oitivas serão realizadas na próxima semana”, continuou a nota do Coren.
A atriz precisou vir a público após Antonia Fontenelle expor seu caso em uma live no YouTube. Na época, a apresentadora citou uma entrevista em que o colunista Leo Dias falou sobre uma atriz da Globo que teria rejeitado o filho logo após o nascimento do bebê. A jovem chegou a ficar entre os assuntos mais comentados das redes sociais, enquanto internautas levantavam suspeitas de que ela fosse a famosa em questão.
“O Coren-SP reitera sua solidariedade com a Klara Castanho e seu compromisso com a devida apuração do caso, respeitando todos os ritos estabelecidos pelo Código de Processo Ético, em especial aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Código de Processo Ético do Conselho Federal de Enfermagem", finalizou a nota.
Fonte: Extra
Comments