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Depressão não é frescura; incapacita e também mata!

A depressão, doença de alta prevalência na população em geral, atinge, no Brasil, 6% da população, ou seja, 11,5 milhões de pessoas, conforme dados da OMS; além de ser também, até 2020, a doença mais incapacitante do planeta quando comparada às demais. Se não bastasse, a depressão, que se inicia insidiosamente e com o tempo, leva a um alto índice de suicídio os portadores desse transtorno mental. Ademais, quando não abordada corretamente, agrava-se.

Além disso, a depressão é um transtorno mental de causa multifatorial cujos principais fatores são genética, bioquímica cerebral e eventos vitais que vivenciamos diariamente.

São fatores de risco:

  1. Traumas psicológicos;

  2. Conflitos conjugais;

  3. Mudança na condição financeira;

  4. Doenças crônicas e / ou terminais;

  5. Distúrbios hormonais;

  6. Dependência química;

  7. Estresse e ansiedade crônica;

  8. Transtorno mental associado;

  9. Histórico familiar de depressão em parentes próximos.

Os principais sintomas a que precisamos estar atentos para que o quanto antes seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento são:

  1. Dores generalizadas, cansaço físico e mental;

  2. Disfunção sexual, com diminuição da libido;

  3. Alterações do apetite, desde diminuição a até aumento da ingestão de doces e carboidratos;

  4. Insônia, com predomínio de despertar precoce;

  5. Falta de concentração, memória operacional prejudicada;

  6. Desânimo, preguiça e falta de energia;

  7. Humor deprimido, sensação de menos valia, baixa autoestima, pensamentos negativos – “Nada vale a Pena”, falta de sentimento – “Tanto Faz, nada importa”, nada dá prazer, ideias de autoextermínio em que os desejos vão de se ver morto a até realizar planos para se matar.

O tratamento contra a depressão é realizado por equipe multidisciplinar, em que cada especialista é de fundamental importância para a recuperação do paciente. Os estudos apontam também que, quando a psicoterapia é associada ao tratamento medicamentoso, e o apoio multidisciplinar é realizado para as comorbidades, por ventura existentes em 90% a 95% dos pacientes tratados, obtém-se remissão dos sintomas depressivos.

Esses tratamentos podem ser realizados pela Atenção Primária e pela CAP’S (SUS) em ambulatórios e / ou CLÍNICAS ESPECIALIZADAS.

Devido ao alto índice de suicídio entre pacientes depressivos Graves, deve-se procurar ajudá-los, encaminhando-os para tratamento especializado, pois Depressão não é Frescura, e sim Mata.

“Melhor estender uma MÃO que acorrentar uma ALMA.” – Willian Shakespeare

O Dr. Geraldo Cortes Ferreira (CRM 25308) Assina esta matéria. Ele é Psiquiatra e atende no Centro Clínico Salutá.

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