O Dia Nacional do Cardiologista foi criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2007, como forma de homenagear o importante trabalho desses profissionais. O primeiro transplante de coração realizado no mundo aconteceu no ano de 1967, na África do Sul.
Um ano mais tarde, em 1968, foi a vez do Brasil fazer o primeiro transplante na área, realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Em Santa Maria, um conhecido personagem também faz parte da história dos transplantes.
João Carlos Cechella, que morreu no ano passado aos 66 anos, passou por um transplante do coração em 1989, o que o tornou o segundo transplantado mais longevo do país.
Com a pandemia, os profissionais da saúde têm trabalhado mais do que nunca, mostrando-se como verdadeiros heróis. Esta sexta-feira (14) é uma data muito especial para uma parcela desses profissionais, pois comemora-se o Dia do Cardiologista.
Cardiologia na pandemia
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) promove a Campanha Saúde não tem Hora, que visa chamar a atenção sobre o atendimento a emergências de doenças cardiovasculares e tratamento do diabetes em tempos de pandemia. Enquanto a covid-19 ganha a maior partes das atenções, outras doenças estão aumentando a incidência, principalmente as cardiovasculares.
Com medo de contrair o novo coronavírus, muitos pacientes deixaram de comparecer às consultas e fazer acompanhamento médico, o que causou o aumento dos casos de infarto agudo de miocárdio e também de acidentes vasculares cerebrais (AVC).
O cardiologista José Vitelio, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), alerta para a importância de não se abandonar o tratamento. “Pacientes tabagistas, diabéticos e sedentários têm um risco maior de evoluir com complicações cardiovasculares. Por isso, não podem deixar de fazer acompanhamento regular, incluindo alguns exames”, reforça.
Alguns exames que devem de evitar ser adiados pela sua importância em identificar isquemia miocárdica são o teste ergométrico ou de esforço, ecocardiograma sob estresse farmacológico e a cintilografia miocárdica. O holter de 24 horas ajuda a identificar presença e tipo de arritmias cardíacas ou batimentos cardíacos anormais, que podem levar a sérias complicações caso não sejam identificadas e tratadas.
“Muitos pacientes têm me procurado para consultas devido a alteração da pressão arterial nessa época de pandemia. Nesses casos, um dos exames que pode ajudar no tratamento medicamentoso é a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). Lembrar que uma pressão arterial não controlada pode evoluir para complicações como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, AVC, retinopatia hipertensiva, que causa lesões na retina e perda de visão, insuficiência renal, entre outros problemas”, explica o especialista.
Fonte: FolhaVitoria
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