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Diagnóstico de Covid-19 de Trump deve alterar reta final da campanha; veja cenários



Donald Trump foi diagnosticado com Covid-19 a um mês da data da eleição presidencial nos Estados Unidos, na qual ele enfrenta o democrata Joe Biden. O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, informou nesta sexta-feira (2) que Trump tem "sintomas leves" da doença causada pelo novo coronavírus. Ainda assim, a situação deve alterar o rumo da campanha.


Trump deve permanecer trabalhando no cargo, disse Meadows. "O povo americano pode ficar tranquilo que temos um presidente que, não só está no trabalho, mas que permanecerá no trabalho. E estou otimista que ele terá uma recuperação bastante rápida", afirmou a jornalistas na Casa Branca.

Atualizações sobre a saúde do presidente serão feitas ainda nesta sexta.

Veja uma lista dos possíveis impactos da doença de Trump na reta final das eleições. Possíveis impactos na campanha de Donald Trump...

  • Pronunciamento à nação: Assessores de Trump discutem a possibilidade de o presidente fazer um pronunciamento ao país – seria uma forma de indicar ao público que ele ainda lidera os EUA.

  • Eventos de campanha: Mesmo com as regras que impedem aglomerações, Trump estava participando de atos políticos e comícios. Com o diagnóstico de Covid-19, ele não poderá sair da Casa Branca. Nesta sexta-feira (2), Trump iria à Flórida, mas a viagem foi cancelada. O único compromisso que foi mantido na agenda do presidente é um telefonema. Havia um comício programado para o sábado, em Wisconsin, e outro para a segunda-feira, no Arizona. Provavelmente ambos serão cancelados.

  • Eleitores podem ser lembrados do descaso de Trump com o vírus: “É difícil imaginar que isso [o diagnóstico] não acabe com suas esperanças de reeleição”, disse um consultor do Partido Republicano, Rob Stutzman, ao “The New York Times”. O jornal ouviu assessores do presidente na Casa Branca. O receio é que a doença de Trump faça com que os eleitores se lembrem que o presidente não levou o vírus a sério, tanto em declarações como na sua própria prevenção.

  • Quarentena na campanha: As pessoas que trabalham na campanha que estiveram expostas a alguém que testou positivo vão entrar em quarentena imediatamente, de acordo com a rede de TV CBS.

...e na de Joe Biden

  • Saúde do democrata em xeque: O presidente dos EUA tem dito que seu concorrente, Joe Biden, de 77 anos, tem saúde frágil para liderar o país. Com Trump doente, provavelmente a sua própria condição física pode ser questionada.

  • Decisão sobre campanha mais intensa: Os democratas têm sido cautelosos ao evitar eventos e aglomerações que podem implicar mais infecções. No entanto, Biden vinha sendo pressionado para intensificar as ações presenciais -- há quem queira começar uma campanha porta a porta. Isso pode mudar agora.

O que muda para os dois

  • Debates: Os dois candidatos se enfrentaram em um único debate, na terça-feira, de três que estavam inicialmente agendados. Os outros dois aconteceriam nos dias 15 e 22. Agora, é provável que o mais próximo seja cancelado. Mesmo antes do diagnóstico de Trump, já se falava da possibilidade de esses encontros não acontecerem ou de mudanças nas regras.

Um evento inédito Na história recente do país, nenhum presidente candidato a reeleição teve um problema de saúde tão grave durante a reta final de uma campanha, de acordo com a mídia americana. A maioria das pesquisas indica que Trump está atrás de Joe Biden. O site 538 calcula que é uma diferença de 8,2 pontos percentuais. O “New York Times” fez uma pesquisa que mostra Biden liderando com folga quatro estados decisivos nos quais Trump foi vitorioso em 2016. A consultoria Eurasia aumentou a chance de uma vitória de Biden de 65% para 70%, mas com a possibilidade de rever isso ao longo do dia.

Os estrategistas dos dois partidos disseram que a votação será uma resposta ao desempenho de Trump no comando do combate ao coronavírus.


Fonte: G1

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