Conhecidas por desenvolver vacinas de RNA contra o coronavírus, as farmacêuticas Merck e Moderna se juntaram para usar a mesma tecnologia contra um novo inimigo: o câncer de pele tipo melanoma. A fórmula já está na segunda fase do estudo clínico, e os resultados devem ser apresentados nos próximos meses.
A vacina é personalizada, usando informações do tumor do próprio paciente para ensinar o organismo a combater o câncer. A ideia é aplicar o imunizante após a cirurgia de retirada do melanoma para evitar que ele volte — são nove doses, e o tratamento é acompanhado pela imunoterapia com uso da droga pembrolizumab, conhecida como Keytruda.
Por ser altamente específica, a vacina deve ter um preço bastante salgado: fórmulas semelhantes sendo testadas devem custar cerca de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 530 mil) quando chegarem ao mercado.
O imunizante está sendo testado em 157 pacientes, que são comparados com um grupo de controle. Se os resultados forem positivos, o experimento deve ser repetido em um grupo maior, com milhares de pessoas.
O presidente da Moderna, Stephen Hoge, diz, em comunicado, estar “empolgado com o futuro e o impacto que as vacinas de RNA podem ter como um novo paradigma de tratamento contra o câncer“.
Fonte: Metrópoles
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