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Foto do escritorPortal Saúde Agora

Ex-ministro da Saúde, Mandetta critica Bolsonaro: 'levou Brasil ao abismo'



Luiz Henrique Mandetta , ex-ministro da Saúde, fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro , em entrevista ao jornal britânico The Guardian, um dos mais importantes do mundo.

Na reportagem, Mandetta acusou Bolsonaro de levar os brasileiros a um "abismo mortal" por causa de seu egoísmo e sua posição anticientífica.


“É interessante como ele rejeita totalmente a ciência e desdenha de todos que falam de ciência. Ainda assim, quando houver alguma perspectiva de vacina, ele vai ser o primeiro a bater à porta da ciência. Como se uma vacina fosse redimi-lo de sua marcha titubeante através da pandemia", afirmou o ex-ministro, que foi demitido em abril após uma série de desentendimentos com o presidente.


Para Mandetta, Bolsonaro faz política com a morte de milhares de brasileiros.


"Ele conduziu o povo brasileiro para um desfiladeiro em marcha rápida e as pessoas caíram e morreram - e ter que reconhecer que isso foi um erro, que causou dor, acho que deve ser politicamente complicado para ele agora", aponta.


Atualmente o Brasil soma mais de 106 mil mortes por Covid-19 , ficando atrás apenas dos EUA em número de casos e óbitos. Mesmo fora do ministério, Mandetta, que é considerado um possível candidato a presidenência em 2020, opinou sobre o atual momento da pandemia, acreditando que ela deve se amenizar somente no fim de setembro.


"Espero que o líder que saia vitorioso em 2022 seja capaz de reconstruir a fábrica social quebrada do Brasil dando ao país um senso de unidade e aceitando que não é normal sair dizendo que brasileiros gostam de rolar no esgoto", declarou, lembrando a frase de Bolsonaro de que o brasileiro deveria ser estudado, pois mergulha no esgoto e não contrai nenhuma doença.


Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado aponta que 47% dos brasileiros consideram que o presidente não tem qualquer culpa pelas mortes decorrentes da covid-19 no Brasil. Os que acham que Bolsonaro tem responsabilidade somam 52%. Desses, 11% os o veem como principal culpado e 41% avaliam que ele é um dos culpadaos, mas não o único.

O instituto ouviu 2.065 eleitores pelo celular, nos dias 11 e 12 de agosto.


Fonte: iG

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