Não é segredo para ninguém que praticar exercícios físicos proporciona ótimos benefícios para a saúde, tanto a física quanto a mental. O que muitos não sabem, é que a prática deve ser iniciada ainda na infância. Além disso, uma alimentação equilibrada também é indispensável para o bem-estar e desenvolvimento das crianças.
Exercícios na infância
“Aprender um esporte, luta, dança, andar de bicicleta, patins, ou alguma outra atividade esportiva que ainda não foi realizada, é um mecanismo de adaptação que pode contribuir no desenvolvimento das crianças”, afirma o professor Rodrigo Sartori, do curso de Educação Física da FSG Centro Universitário. Isso porque a estimulação cognitiva através de novas habilidades motoras na infância pode induzir mudanças em redes funcionais específicas do sistema nervoso.
“Estudos sobre os benefícios de realizar exercícios físicos têm mostrado que esta prática melhora e protege a função cerebral. Isso sugere que crianças fisicamente ativas apresentam menor risco de desenvolverem desordens mentais, além de apresentarem melhor desempenho em algumas funções cognitivas”, explica Rodrigo.
O especialista acrescenta que é comum vermos crianças vidradas por celulares e outras tecnologias, o que reduz a prática de atividades físicas. No entanto, o ambiente escolar pode ser uma oportunidade para manter os pequenos ativos.
“Realizar exercícios físicos na escola ajuda nos processos de aprendizagem e em uma série de aspectos do desenvolvimento infantil. Especificamente, percebemos que existe uma relação entre o desempenho das habilidades motoras e funções cognitivas (de aquisição de conhecimento) importantes para o sucesso dos alunos na escola”, esclarece.
Alimentação para crianças
A alimentação também é imprescindível para o crescimento saudável das crianças. Alimentos industrializados, como biscoitos recheados, refrigerantes e salgadinhos, além do excesso de açúcar, são grandes problemas durante a infância. Eles não oferecem os nutrientes necessários e prejudicam a saúde das crianças, por isso é necessário evitar o consumo recorrente.
Os pais e responsáveis sabem que nem sempre é fácil introduzir alimentos saudáveis na rotina dos pequenos. No entanto, alguns truques ajudam a enriquecer o cardápio diário das crianças.
“Se a criança não aceitar, procure preparar a comida de outra forma, com cortes diferentes, e tente novamente. Nunca desista após a primeira tentativa, mas também não force ela a comer mais do que aguenta. Outra opção é criar pratos lúdicos e convidar o filho para ajudar na organização do prato”, explica André Nascimento, nutricionista e professor do curso de Nutrição do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife.
“Os adultos devem ser um exemplo e suas refeições também precisam ser saudáveis. Ver os mais velhos comendo algo pode gerar um interesse por parte da criança e há a possibilidade dela pedir para experimentar a comida. É importante reforçar que distrações, brigas e castigos na hora de comer tornam a experiência negativa e dificulta todo o processo”, adiciona André.
O especialista reforça que comer bem permite um bom desenvolvimento físico e mental. “[Com uma alimentação inadequada], problemas de concentração, crescimento e saúde podem surgir ao longo da sua vida. Diabetes, hipertensão e hipertrigliceridemia são alguns exemplos.
Portanto, ao notar rejeições constantes em relação às comidas oferecidas, é interessante procurar um profissional para ele realizar uma avaliação nutricional infantil”, finaliza André.
Fonte: Saúde em Dia
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