Pesquisadores da Universidade de Tromsø, na Noruega, compararam as medidas tomadas por seis governos durante a pandemia de Covid-19 e observaram as reações psicológicas das populações para entender como as decisões em relação ao novo coronavírus impactaram a saúde mental das pessoas em diversos países.
"Descobrimos que aqueles que estavam insatisfeitos com a resposta contra a Covid-19 viam maior risco em contrair a doença, estavam mais preocupados e expressaram menos fé na possibilidade de controlar o surto", afirma, em nota, Gerit Pfuhl, professora do Departamento de Psicologia da universidade norueguesa.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas enviaram, por meio das redes sociais, questionários para pessoas que moram na Noruega, na Alemanha, em Israel, na Colômbia, no Brasil e nos Estados Unidos — países que apresentaram graus diferentes de restrições durante a pandemia. Ao todo, 2.285 pessoas responderam a perguntas sobre medidas tomadas contra o novo coronavírus e reações a elas, fatores psicológicos, medo e conhecimento em relação à Covid-19 e dados demográficos gerais.
Os resultados também mostraram que a população mais velha lida melhor com a pandemia do que as pessoas mais jovens; e, nesse quesito, os moradores da Noruega foram os que se saíram melhor. O estresse e a tensão ocorrem, segundo Pfuhl, pela sensação de que o país não está fazendo o suficiente, o que provoca mais medo. Por outro lado, se você acredita que seu país está combatendo a pandemia de forma eficaz, fica mais relaxado e tem menos temores.
Em outras palavras, ter confiança na sociedade, no governo, nos concidadãos e em sua autoeficácia é melhor para o seu bem-estar. "Em geral, essa pesquisa fornece informações importantes para os tomadores de decisão sobre como cuidar da população durante uma crise global", explica Pfuhl.
Fonte: Revista Galileu
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