Homens armados sequestraram um médico e uma enfermeira para prestar atendimento a uma pessoa que estaria baleada em uma casa em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. O caso ocorreu às 3h30 da sexta-feira (13) quando os suspeitos, utilizando um carro e uma moto, abordaram os funcionários da AMA (Atendimento Médico Ambulatorial) da comunidade.
De acordo com o presidente do Conseg do Portal do Morumbi, Celso Cavallini, os homens colocaram às vítimas no carro e se deslocaram até o interior de Paraisópolis. Na comunidade, teriam encontrado um homem que estaria baleado, com um dreno.
Ao avaliar o estado de saúde da pessoa baleada, o médico afirmou que era grave e disse ainda que ele deveria ser encaminhado a um hospital. Com médico e enfermeira, os suspeitos levaram o homem de volta à AMA.
Desde sexta-feira, a AMA de Paraisópolis, que funciona 24 horas, está fechada. Médicos e enfermeiros afirmaram que estão com medo de voltar ao trabalho. Os funcionários registraram um boletim de ocorrência por constrangimento ilegal consumado.
De acordo com o boletim, o médico trabalhava na madrugada quando duas pessoas de aproximadamente 25 anos entraram no local e o obrigaram a se deslocar para fazer um atendimento médico.
Segundo o documento, ele foi obrigado a entrar em um veículo de cor cinza com um homem e teria sido levado até uma casa em Paraisópolis. A vítima não soube informar o local à polícia. Na casa, ela encontrou um homem de cerca de 30 anos, com diversas tatuagens pelo corpo, que estaria utilizando dreno e sonda.
Ao perceber que seriam necessários mais cuidados, o médico afirmou que ele deveria ser encaminhado ao AM. O homem foi então levado de carro, com a médica, uma mulher e outro homem, para o ambulatório. Depois, ele foi levado de volta à Paraisópolis.
A vítima afirmou que os funcionários chegaram a comentar que o homem socorrido teria dado entrada no sábado (7) no AMA baleado e devido a gravidade foi transferido ao Hospital Campo Limpo. Ele, porém, teria saído de lá sem alta médica.
Fonte: R7
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