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IA pode impedir que bebês prematuros percam a visão

Um estudo financiado pelo National Eye Institute (NEI) levou ao desenvolvimento de uma IA capaz de detectar se bebês recém-nascidos têm risco de perder a visão. Esse sistema é voltado especialmente para bebês prematuros que podem apresentar um crescimento anormal dos vasos sanguíneos oculares e, por consequência, ter sua capacidade de enxergar comprometida.

Essa condição é conhecida como retinopatia da prematuridade (ROP) e, na pior das hipóteses, pode levar ao descolamento da retina do bebê, fazendo com que ele perca sua visão completamente. A retinopatia da prematuridade é dificilmente detectável, uma vez que os sintomas costumam ser muito sutis.

Além disso, chegar a um diagnóstico dessa doença pode ser um desafio enorme. Normalmente, médicos utilizam imagens do globo ocular para fazerem as análises necessárias, mas há frequentes divergências de opiniões. “Até mesmo os avaliadores mais experientes discordam se as imagens do fundo indicam ROP ou não”, afirmou o principal pesquisador do estudo, J. Peter Campbell.

(Fonte: Uol/Reprodução)

Diante disso, a equipe de pesquisadores liderada por Campbell percebeu que essa análise poderia ser feita com mais eficiência por uma inteligência artificial. Para obterem mais dados sobre a doença, eles acompanharam o desenvolvimento de 947 bebês recém-nascidos. Durante um longo período, esses bebês foram estudados tanto por especialistas quanto pela IA.

Como resultado da pesquisa, foi possível quantificar sintomas específicos da doença, como dilatação e torção dos vasos da retina. Além disso, a IA também traçou um perfil da doença: bebês que nasceram mais cedo e abaixo do peso médio estavam mais propensos a ter ROP; por outro lado, nenhum bebê nascido após 26 semanas desenvolveu ROP.

Os pesquisadores acreditam que essa descoberta, além de melhorar a compreensão sobre ROP, ainda vai ajudar a identificar pacientes em potencial com maior facilidade. A agência federal norte-americana Food and Drug Administration já está procurando formas de desenvolver essa tecnologia para facilitar não só o diagnóstico, mas também a cura.

Fonte: Tecmundo

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