Morder a língua acidentalmente enquanto espirrava, em agosto de 2023, levou o inglês Dan Durant a descobrir um câncer aos 26 anos. O jovem supervisor de bar notou uma afta no lado direito da língua e ficou chocado ao descobrir que tinha um câncer de pele agressivo.
“Espirrei muito forte e acabei mordendo a língua. Ela ficou muito inflamada e acabei sendo encaminhado ao hospital, onde a enfermeira disse: ‘Você teve sorte de morder a língua'”, lembra o jovem de Stafford, cidade há três horas de Londres, em entrevista ao jornal The Sun.
Dan foi diagnosticado com carcinoma de células escamosas e precisou passar por uma cirurgia para remover dois tumores da boca.
Câncer de pele
O carcinoma de células escamosas é o segundo tipo de câncer de pele mais comum. Ele é causado principalmente pela exposição à luz solar, uso de câmeras de bronzeamento e feridas na pele.
Esse tipo de câncer se desenvolve na camada mais superficial da pele e, geralmente, aparece nas partes do corpo mais expostas ao sol, como braços, pernas, rosto e pescoço.
O tumor geralmente se apresenta como uma mancha rugosa marrom ou avermelhada na pele. Essa mancha pode aumentar ou levar ao aparecimento de uma ferida que não cicatriza.
Dan conta que tinha aftas com frequência e sempre as tratava com pomadas, por isso não deu importância ao caroço quando ele apareceu na língua em agosto de 2023. Além disso, o rapaz estava perdendo peso e frequentemente tinha dor de garganta.
“Em agosto, notei uma mancha cinza e esbranquiçada do tamanho de uma moeda de um centavo. Não pensei mais nisso depois porque, na maioria das vezes, parecia que não existia”, detalha.
A úlcera só começou a incomodar o inglês em agosto de 2024, quando ficou inflamada e fez com que Dan a mordesse acidentalmente quando espirrou. O diagnóstico de câncer foi confirmado no dia 21 do mesmo mês.
“Não acreditava que pudesse ser câncer. Chorei. Foi tão surreal”, lembra.
Tratamento
Dan passou por uma cirurgia de 11 horas e meia em 12 de setembro, quando os médicos precisaram retirar 50% da língua do rapaz. O órgão foi reconstruído com a parte da pele do antebraço esquerdo dele. “Eles usaram as artérias do meu antebraço e as colocaram na minha língua para que houvesse fluxo sanguíneo”.
Os cirurgiões também retiraram um linfonodo do pescoço do paciente para fazer uma biópsia e confirmar que o câncer não havia se espalhado para os gânglios linfáticos.
O inglês ficou internado por oito dias após a operação, período em que foi mantido em observação para garantir que não tivesse problemas com a construção da língua e para que pudesse se adaptar a comer e a beber líquidos novamente.
“Aprender a engolir corretamente foi bem difícil, estou me acostumando a mastigar. É muita coisa para reaprender”, afirma.
Fonte: Metrópoles
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