O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ignorou as novas críticas do presidente Jair Bolsonaro — que disse, neste domingo (5), e sem citar nomes, não ter medo de usar a caneta com pessoas do governo que viraram estrelas — e repetiu ao blog nesta segunda-feira (6) seu mantra, ao ser questionado sobre o episódio: “Lavoro, lavoro, lavoro” (que em português significa “trabalho, trabalho, trabalho”).
O ministro da Saúde e Bolsonaro estão se “bicando”, nas palavras do presidente, desde o começo da pandemia do coronavírus. Mandetta defende a linha da Organização Mundial de Saúde (OMS) para combater o vírus, enquanto o presidente pede uma flexibilização do confinamento argumentando que o isolamento prejudica a economia.
Neste domingo (5), antes da declaração, Bolsonaro recebeu seu amigo e ex-deputado Alberto Fraga, no Palácio da Alvorada. O blog perguntou a Fraga se o presidente falou algo a respeito do fim ou da flexibilização do isolamento, medida orientada pela OMS e pelo próprio Ministério da Saúde. Fraga disse que o presidente “mantém sua posição”, mas sabe que, se tomar alguma medida contra o fim do isolamento, o Congresso pode derrubá-la.
“Ele mantém sua posição. Mas sabe que, se tomar alguma medida (decreto, por exemplo), o Congresso pode derrubar”.
Nos últimos dias, o Planalto passou a avaliar uma saída intermediária: flexibilizar o isolamento para cidades médias e pequenas com baixo índice de casos de coronavírus.
Nesta sábado (4), a reportagem procurou Henrique Mandetta sobre o tema. Perguntado se o Ministério da Saúde concordava tecnicamente e se estabeleceria os critérios para a saída intermediária, Mandetta respondeu: “Não recebi nada . Mas trabalhamos com modelos que incluem estas opções. Já disse isso . Graus diferentes para situações diferentes”. No Congresso, lideranças ouvidas pelo blog avaliam que a saída intermediária- se houver respaldo técnico, pode ser viável.
Fonte: G1
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