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Foto do escritorPortal Saúde Agora

Ministro da saúde orienta uso de ‘etiqueta respiratória’ no Carnaval

O governo federal decidiu não adotar medidas específicas para combate ao coronavírus no Brasil durante o Carnaval, mas fez algumas recomendações. Mesmo sem casos confirmados no Brasil, tanto o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, quanto o presidente Jair Bolsonaro, ao lado do presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra, destacaram orientações de “etiqueta respiratória”.

Ao lado de Bolsonaro na live semanal do chefe no Facebook, o presidente da Anvisa recomendou manutenção de padrões de higiene.

“É o lavar as mãos, é evitar tossir ou espirrar sem um obstáculo à frente, para evitar que gotículas… Esse vírus é transmitido por gotículas. As gotículas de fala podem contaminar todo mundo num raio de um metro.”

Ele foi interrompido por uma brincadeira de Bolsonaro: “E essa história de beijar todo mundo?”, questionou o presidente. Barra respondeu que a postura envolve “outros riscos, além da transmissão de coronavírus”. “Sapinho, por exemplo”, acrescentou o presidente.

Mais cedo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se reuniu com secretários estaduais de Saúde e foi questionado sobre orientações para a folia. Inicialmente, brincou: “Deixa o carnaval”. Mas depois recomendou aos Estados que orientem medidas de “etiqueta respiratória”.

“Carnaval é vida que segue. O que estamos colocando é etiqueta respiratória. Lavar as mãos várias vezes ao dia, se for espirrar, colocar o cotovelo na frente. Tentar falar isso no Carnaval, que a pessoa tem que ter um pouco mais de etiqueta [respiratória] no Carnaval. Mas não conheço ainda o impacto disso”, afirmou.

Ele descartou campanhas específicas de prevenção ao coronavírus. Uma das orientações no governo é evitar o “pânico”, inclusive porque não há, até o momento, casos confirmados da doença no País. O último boletim, desta quinta (6), mostra redução para nove pessoas sendo monitoradas com sintomas em cinco estados (Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).

“Vocês que são secretários estaduais dialoguem com os seus carnavalescos e peçam um pouco mais de etiqueta carnavalesca, mais aqueles bailes de salão de antigamente, colombina, menos pipoca atrás do trio elétrico [ri]. Não sei como vocês vão fazer, façam do seu jeito. Mas não tem eficácia nenhuma a gente ter esse tipo de coisa [restrições], senão daqui a pouco vão falar para o futebol, para o avião”, disse.

Repatriados

Na segunda, o Brasil decidiu decretar estado de emergência mesmo sem casos de coronavírus confirmados para facilitar a repatriação dos brasileiros e parentes que apelaram ao governo. Os dois aviões presidenciais que saíram de Brasília na quarta (5) para resgatar brasileiros e parentes em Wuhan (China), epicentro do coronavírus, devem chegar ao destino no fim da tarde desta sexta (7), de acordo informações do Ministério da Defesa desta quinta.

Lá, os interessados passarão por exames médicos. Quem estiver com sintoma não poderá embarcar de volta para o Brasil.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, até o momento, há 34 pessoas interessadas na repatriação. Mas este não é o número final, já que, a depender dos exames, alguns podem ficar na China caso apresentem algum sintoma da doença. Além disso, outras pessoas ainda podem aderir ao plano de repatriação.

A Base Aérea da Anápolis será novamente vistoriada pelas equipes dos Ministérios da Saúde e da Defesa na sexta pela manhã. Como mostrou o HuffPost nesta quinta, os brasileiros e familiares que retornarem da China terão que aceitar 13 exigências no período de quarentena. Entre elas, ter a saúde monitorada três vezes ao dia, e não receber visitas.

Como há crianças entre os repatriados, as autoridades procuram formas de amenizar o período de reclusão na Base. São dois hotéis de trânsito e parentes devem poder ficar no mesmo quarto. Ao circular por áreas comuns, as pessoas terão que usar máscaras. Como se trata de uma base militar, eles não poderão, contudo, transitar por toda a área da Base Aérea de Anápolis. 

Fonte: Huffpost Brasil

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