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Foto do escritorPortal Saúde Agora

Ministério da Saúde lamenta morte de enfermeira vítima de feminicídio



O Ministério da Saúde divulgou nota em que lamenta o feminicídio da enfermeira Pollyanna Pereira de Moura, 35 anos. A mulher morreu após ser esfaqueada pelo namorado, o cirurgião dentista Fabricio David Jorge, 41, no apartamento onde estavam morando juntos, em Águas Claras. Ele se matou em seguida. O caso ocorreu entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira (30/7).


Conforme noticiado com exclusividade pelo Correio, Pollyana trabalhava no ministério. Ela passou por meio de edital para o programa O Brasil Conta Comigo, que convocou profissionais de saúde para auxiliar no combate à covid-19 pelo país. Ela participou do projeto entre maio e junho, reforçando a assistência prestada à população na cidade de Manaus (AM).


Em nota oficial, a pasta confirma que a enfermeira integrou o quadro de profissionais que se disponibilizaram a colocar a própria vida em risco para atender a população na Atenção Primária à Saúde, ou em unidades de Pronto Atendimento. Por fim, o Ministério da Saúde afirmou que “se solidariza com a família da vítima”.


Luta contra a covid-19


Fabricio era servidor da Secretaria de Saúde (SES-DF) e atuava no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Segundo uma amiga do suspeito, uma técnica de enfermagem de 60 anos, ele havia sido afastado a rede pública após contrair o novo coronavírus no início de julho. 


Por causa da contaminação, o cirurgião dentista e a enfermeira precisaram se isolar no apartamento que viviam juntos, há menos de um ano, no primeiro andar do Edifício My Life Style. “Foram dias e momentos tensos. Saturação oscilando, febre não cedia, tosse até quase desfalecer e muito cansaço”, relatou Pollyana em uma postagem no Instagram. 


“A fraqueza impossibilitou afazeres básicos como tomar banho, se alimentar ou querer se mover na cama. Daí você trabalha a paciência e aguarda teu corpo responder às medicações e a todo o tratamento. Antibióticos, anticoagulante, corticoide, pronação e muito, mas muito oxigênio. (...) Assim foram os 10 dias de internação do meu amado”, contou a enfermeira. 


Relacionamento 


Conforme apurado pelo Correio, Fabricio e Pollyana começaram a se envolver há cerca de um ano. O relacionamento começou após ambos terminarem os casamentos com outras pessoas. A enfermeira tinha a guarda compartilhada a guarda da filha, de 15 anos, com o ex-marido. A adolescente estava com o pai e, por isso, não presenciou o crime brutal no apartamento do My Life Style. Fabricio também tinhas dois filhos.


Na madrugada desta quinta-feira (30), vizinhos escutaram uma briga entre Fabricio e Pollyana. Afirmaram ouvir o barulho de objetos caindo e quebrando, por volta das 4h. Por volta das 7h, Fabricio confessou a um amigo, por meio de mensagens, ter matado a mulher. 


O amigo do dentista, ao ler o texto, se deslocou até o apartamento do casal acompanhado por um advogado. No local, ele tentou entrar na casa, mas não conseguiu, pois a porta estava trancada. Foi quando ele notou uma poça de sangue passando por debaixo da porta e, então, acionou a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. 


Os primeiros policiais a chegarem ao local descreveram o estado do apartamento como uma “cena de terror”. Um dos militares relatou que havia muito sangue na casa e objetos fora de lugar. Duas facas ensanguentadas foram encontradas no chão, e uma na mão de Fabrício. Ele apresentava ferimentos na nuca e na jugular, enquanto Pollyanna estava ferida nos braços e ombros. Agentes do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil passaram o dia realizando perícia no local. A análise deve sair em até 30 dias e irá esclarecer a dinâmica do crime. 


Os corpos de Fabrício e Pollyanna foram retirados do prédio por volta das 15h, pelo Instituto Médico Legal (IML), que realizará os laudos que indicarão as causas das mortes. Durante a tarde, amigos e familiares da enfermeira compareceram à 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) para dar informações sobre a convivência e o relacionamento do casal.

Busque ajuda


» Polícia Militar — 190

» Ministério dos Direitos Humanos — Disque 100

» Polícia Civil — 197 ou  opção 3 ou 61 98626-1197 (WhatsApp)

» Delegacia Online — https://www.pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher   

» Delegacias regionais 

Atendimento 24 horas por dia


» Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam I e II)

Asa Sul: Entrequadra 204/205 Sul

Telefone:  3207-6172

Ceilândia: Prédio da 15ª Delegacia de Polícia — QNM 2, Área Especial, Conjunto G/H - Centro 

Atendimento ininterrupto 


» Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)

De segunda a sexta-feira, das 10h às 16h30

Asa Sul: Estação do Metrô 102 Sul

Telefone: 3323-7264

Ceilândia: QNM 2, Conjunto F, Lote 1/3 – Ceilândia Centro

Telefone: 3373-6668

Planaltina: Jardim Roriz, Área Especial, Entrequadras 1 e 2 – Centro

Telefone: 3389-8189 / 99202-6376


» Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar

Telefones: 3910-1349 / 3910-1350


» Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem)

Telefone e WhatsApp: 99359-0032



Fonte: Correio Braziliense

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