No começo da manhã desta quinta-feira (19), um homem, morador de rua, morreu na calçada da Coordenação Emergência Regional (CER) do Centro do Rio, na Rua Frei Caneca. O corpo foi retirado no início da tarde.
Em meio ao caos na saúde do Rio de Janeiro, testemunhas relataram ao Jornal Extra que viram o momento em que o homem foi colocado na calçada. “Cheguei na loja às 6h30 e vi quando um enfermeiro e una enfermeira saíram com ele do CER numa cadeira de rodas e o colocaram na calçada. Ele ficou estava se debatendo de dor e vomitava um líquido preto. Quando sai de novo as 7h20, ele já estava morto”, disse o comerciante Ancelmo Gomes. “Nunca o tinha visto por aqui antes. Foi uma coisa desumana, mas esse é o prefeito que temos”, concluiu.
Sandro Lúcio, dono de outra loja da região, disse que o viu, com vida, por volta de 6h30. “Ele estava sentado, de braços abertos e muito inchado, parecia quadro de cirrose. Pedia ajuda”, disse. “Não vi hoje, mas já soube que, algumas vezes, de madrugada, o pessoal do CER retira paciente da unidade e coloca algumas pessoas na calçada”, completou.
Por meio de nota, a CER informou que foi feito pedido de atendimento a uma pessoa que passava mal na rua e que duas médicas de plantão foram socorrê-lo. Veja a nota na íntegra:
“A coordenação médica do CER Centro informa que:
– Às 9h da manhã desta quinta-feira (19), foi solicitada na unidade ajuda para atendimento a uma pessoa que estaria passando mal na rua.
– Duas médicas do plantão prontamente foram ao local, na calçada em frente a uma loja de azulejos, vizinha à unidade de saúde.
– Ao chegarem ao local, as médicas encontraram policiais militares que informaram que o homem, pessoa em situação de rua, já havia sido atendido por bombeiros do Grupamento de Socorro e Emergência (GSE), que constataram o óbito. Os policiais aguardavam no local a chegada do rabecão para remoção do corpo para o IML.
– Embora não haja relato da equipe de plantão de atendimento do paciente na unidade durante a madrugada, a Coordenação Geral de Emergência do Centro abrirá sindicância para apurar os acontecimentos”.
Fonte: Jornal de Brasília
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