Um relatório da Organização Mundial da Saúde divulgado nesta segunda-feira (11) foi taxativo: as mudanças climáticas são a maior ameaça à saúde da humanidade. No documento, a OMS pediu ações decisivas para limitar o aquecimento global.
O relatório da OMS destacou: calor extremo, inundações, secas, incêndios florestais, furacões... O ano de 2021 já bateu muitos recordes. E as consequências das mudanças climáticas para a nossa saúde são reais e frequentemente devastadoras.
A diretora para assuntos de Meio Ambiente, Mudança Climática e Saúde, Maria Neira, explicou que as mudanças no clima estão afetando os pilares da nossa saúde: abrigo, alimentos, água e qualidade do ar. “A queima de combustíveis fósseis está nos matando”, frisou o documento. A cada minuto, 13 pessoas perdem a vida por causa da poluição do ar.
A OMS reforçou que, se o mundo conseguir reduzir a poluição do ar aos níveis recomendados, mais de 5,5 milhões de mortes podem ser evitadas por ano. E uma mudança para dietas mais nutritivas à base de plantas pode reduzir as emissões globais significativamente e evitar também mais de 5 milhões de mortes por ano.
O relatório da Organização Mundial da Saúde concluiu de forma enfática: “a mudança climática é a maior ameaça à saúde que a humanidade enfrenta”. A OMS cobrou ação. E, a menos de três semanas da Conferência da ONU sobre o Clima, em Glasgow, na Escócia, enviou um recado duro para os líderes globais: “a nossa saúde não é negociável”. A OMS apresentou uma lista com dez recomendações para os governantes. Entre elas, orientar uma transição para a energia renovável e desenvolver sistemas de transporte sustentáveis e projetos urbanos saudáveis, com espaços públicos para caminhar e pedalar, por exemplo.
Diante de uma pergunta sobre o papel do Brasil no combate às mudanças climáticas, a maior especialista da OMS no tema disse que todo governo deve pensar em como parar o desmatamento agressivo e reduzir o uso de fertilizantes e pesticidas.
Junto com o relatório, a OMS divulgou uma carta aberta assinada por mais de 450 organizações que representam pelo menos 45 milhões de profissionais de saúde em todo mundo. O documento foi chamado de "Prescrição para um clima saudável" e cobra que as autoridades intensifiquem as ações. “Onde quer que a gente preste atendimento no mundo, em hospitais, clínicas e nas comunidades, a gente já está respondendo aos danos à saúde causados pelas mudanças climáticas”, diz o documento.
Fonte: G1
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