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Foto do escritorPortal Saúde Agora

Mulher que ficou 5 dias esperando vaga em Hospital Regional é enterrada em Araguaína

Foi enterrada em Araguaína, norte do Tocantins, a mulher que ficou quase cinco dias na UPA da cidade esperando transferência para o Hospital Regional. Na semana passada, os parentes de dona Vanda Alves de Lima, de 55 anos, estavam com medo de a morte acontecer e o diretor do HRA disse que a demora na transferência fazia parte do tramite legal.

No velório, sentimentos de revolta e tristeza. A luta foi de quase uma semana para conseguir a transferência para UTI. “Ela era uma pessoa muito alegre, muito batalhadeira. Era uma pessoa alegre com a vida, com todo mundo. Tinha muita amizades”, falou a diarista Sandra Alves.

O caso da dona Vanda Alves começou no dia 25 de dezembro quando ela foi diagnosticada com pneumonia. Segundo os parentes, os médicos da UPA disseram que ela precisava ser transferida para o Hospital Regional da cidade com urgência, em até 24 horas.

Apesar disso, foram cinco dias internada na UPA até conseguir a transferência, no dia 30 de dezembro. A família acredita que a demora pode ter sido um dos motivos do estado de saúde da mulher ter se agravado. “Se eles tivessem transferido ela logo, menos dor estava acontecendo para tanta gente”, lamentou a diarista Sandra Alves.

A morte aconteceu no dia 4 de janeiro e o corpo da mulher foi enterrado neste domingo (5).

Velório de mulher que morreu após passar cinco dias esperando vaga em hospital — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Outro lado

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou em nota que “lamenta o falecimento da senhora Vanda Alves de Lima e se solidariza com a família”. disse ainda que o Hospital Regional de Araguaína (HRA) é uma unidade portas abertas do Sistema Único de Saúde e acaba recebendo pacientes de toda a região e estados circunvizinhos, bem como de unidades de atendimento básico, quando excedem sua capacidade.

“Por este motivo, eventualmente, a unidade apresenta lotação. Vale destacar que o número de pacientes no hospital é rotativo e a transferência de pacientes encaminhados pelas UPAs é realizada conforme a dinâmica de admissões, transferências e altas que interferem cotidianamente na recepção de novos pacientes da unidade, de acordo com disponibilidade e critérios de avaliação estipulados pelo Núcleo Interno de Regulacão (NIR) no Hospital Regional de Araguaína (HRA)”, diz nota da secretaria.

Entenda

A dona de casa deu entrada na UPA no dia 25 deste mês, com sérios problemas no pulmão, mas só foi transferida no início da tarde desta segunda-feira (30), cindo dias depois.

No dia da internação, a família recebeu a informação dos médicos que a paciente teria que ser transferida com urgência para a UTI em até 24 horas, mas essa transferência não teria acontecido por falta de vagas.

Na época, a família estava com medo da morte acontecer. “Ela precisa de uma cirurgia, ela está com água no pulmão, os rins dela estão começando parar, a minha mãe está pedindo socorro aqui na UPA e a família não tem condições de levar para o particular”, disse a dona de casa Katiana Timóteo.

Na semana passada, o diretor do HRA Vânio Rodrigues disse, em entrevista, que o problema de superlotação na unidade tinha sido resolvido. Quanto à demora na realização das transferências, o diretor disse que faz parte do trâmite.

“O processo da transferência do pedido da UPA para o HRA se dá por meio do NIR, um Núcleo Interno de Regulação. Tem que analisar, cada caso é um caso, tem que olhar essa pendência que há do pedido de transferência da UPA para cá, mas nós não atendemos somente a UPA. O Hospital Regional de Araguaína é referência para a região macro-norte do estado, que representa 66 municípios”.

Fonte: G1

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