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Mãe de menino: como cuidar da saúde íntima do pequeno

Muitas mães têm dúvidas sobre problemas que podem atingir o sistema reprodutor masculino, ou seja, o pênis e o saco escrotal dos próprios filhos. Entre os mais comuns, estão a fimose, a varicocele, a polução noturna e a torção testicular. Conhecimentos importantes podem evitar que disfunções piores causem dor aos pequenos. A médica de adolescentes Bianca Rodrigues de Godoy Lundberg explica que a varicocele, por exemplo, é um grupo de veias inchadas –varizes – dentro do escroto ( o popular “saco” da criança).

“Pode atingir qualquer faixa de idade; o paciente pode não ter nenhum sintoma e a varicocele ser descoberta por exame físico, ou então pode apresentar dor no local, inchaço e sensação de peso. Dependendo da intensidade da varicocele, pode ser feito um acompanhamento clínico mais intenso, investigação com exames de imagem (e, quando possível, espermograma) ou até mesmo tratamento cirúrgico.”

Já a torção testicular é a causa mais importante de dor na região do escroto dos meninos e rapazes. Mais de 60% dos casos ocorrem na adolescência.

Fimose

Você sabe o que é prepúcio? É aquela pele mais fininha que cobre a glande (cabeça do pênis), protegendo essa região e o orifício da uretra, por onde a urina sai. Quando a criança nasce, na grande maioria das vezes, o tal do prepúcio está aderido na região, então quase todos os bebês nascem com fimose chamada fisiológica. Conforme o menino vai crescendo, a pele vai ficando menos aderida, se desprende do local e a glande é exposta. A exposição deste local facilita muito a sua higiene, diminuindo casos de infecções e, no futuro, de câncer peniano. Além disso, a ausência da fimose na juventude facilita o uso do pênis como órgão sexual, através da prática masturbatória e de relações sexuais. O tratamento da fimose é indicado para aqueles que não obtiveram o desprendimento espontâneo do prepúcio: inicialmente clínico, e cirúrgico se necessário.

Varicocele

É um grupo de veias inchadas –varizes – dentro do escroto ( o popular “saco” da criança). Pode atingir qualquer faixa de idade; o paciente pode não ter nenhum sintoma e a varicocele ser descoberta por exame físico, ou então pode apresentar dor no local, inchaço e sensação de peso. A dor pode ser menor quando se está deitado. A maioria das varicoceles é do lado esquerdo e melhor enxergada com o exame físico feito em pé. Dependendo da intensidade da varicocele, pode ser feito um acompanhamento clínico mais intenso, investigação com exames de imagem (e, quando possível, espermograma) ou até mesmo tratamento cirúrgico.

Polução Noturna

É a saída involuntária de sêmen durante o sono, muito comum em adolescentes; é também conhecida como “sonho molhado”. Tais ejaculações são normais, não indicam nenhuma doença e devem ser tratadas da maneira mais natural possível. Existe uma excitação durante uma fase do sono chamada sono REM, que pode gerar ereção peniana, somente ejaculação, ou ambos. O esperma produzido e acumulado no corpo do jovem acha uma maneira de ser eliminado. Nem sempre a polução noturna é resultado de algum sonho erótico, e mesmo assim, o sonho pode ter acontecido e o paciente não se lembra. É importante que, ao chegar ao início da puberdade, o paciente saiba que isso pode ocorrer, não se assustar. E, depois de ocorrido, trocar as vestes íntimas e realizar higiene local. Ao decorrer dos anos, após início da prática masturbatória ou das relações sexuais, o esperma acha outras maneiras de sair do corpo e a polução costuma diminuir de frequência.

Torção testicular

É a causa mais importante de dor na região do escroto dos meninos e rapazes; mais de 60% dos casos ocorrem na adolescência. O quadro clínico é de dor aguda no testículo ou no saco escrotal, associada ou não com dor na região da virilha e do abdome. Pode ser dor tipo intermitente, que “melhora e piora”. No exame físico, pode-se perceber inchaço, vermelhidão e uma elevação no testículo afetado. A dor é tão forte que o paciente pode apresentar náuseas e vômitos. O diagnóstico da torção é clínico e o jovem deve ser avaliado por exame de imagem e médico cirurgião; se o testículo ainda for viável, ou seja, não sofreu tanto, ele pode ser salvo através de cirurgia, quando se distorce o mesmo e se faz uma fixação local. É situação de urgência, já que a sobrevivência do testículo é mais preservada quanto mais precoce for o diagnóstico.

Fonte: Metrópoles

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