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Médico curado da Covid-19 é primeiro paciente a doar plasma para pesquisa no DF



Em pouco mais de dois meses, o médico anestesista Lucas Valente, de 29 anos, venceu a infecção pelo novo coronavírus e decidiu levar esperança a quem ainda luta contra a doença. Nesta quinta-feira (4) ele se tornou o primeiro doador de plasma sanguíneo para uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB).


O estudo busca tratamento para a Covid-19 (entenda abaixo). Pesquisadores testam anticorpos de pacientes curados para tentar a aplicação em quem está em estado grave.

A doação ocorreu na Fundação Hemocentro de Brasília. "Estou esperançoso”, disse o médico à reportagem. "O fato de eu poder usar esses anticorpos para tratar esses pacientes pode abrir uma janela muito boa para aumentar o escopo terapêutico do coronavírus”. “Eu estou empenhado em ajudar em tudo que eu puder." Em abril, Lucas ficou 14 dias afastado do trabalho. Ele atua na linha de frente do combate ao novo coronavírus na emergência do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) – uma das unidades de referência no atendimento de pacientes com a Covid-19 – e também no hospital Regional do Paranoá (HRP). Agora, curado e de volta ao trabalho, o médico tenta dar o "máximo de suporte" aos pacientes que estão internados. “Eu tento fazer o máximo possível, não só fazer o tratamento médico, mas também dar um carinho, dar um suporte, tentar dar uma atenção a pessoa, para ela se sentir um pouco mais acolhida”. Tratamento com anticorpos O estudo se baseia em usar, por meio do plasma, os anticorpos de pacientes que já tiveram o coronavírus. Assim, essa parte do sangue, retirada de pacientes recuperados, será aplicada em pacientes com a Covid-19, internados com risco de agravamento.

A terapia de infusão de plasma já foi usada em outras epidemias, como as do H1N1, em 2009, e da síndrome aguda respiratória, a SARS, em 2003.

No entanto, os cientistas ainda estudam a eficiência dela contra a Covid-19. Na China, a técnica deu resultado em um pequeno grupo de pacientes. Os Estados Unidos estão testando o uso, assim como o Brasil.

Na UnB, a pesquisa é feita em parceria com o Laboratório Central da Secretaria de Saúde (Lacen) e de hospitais da rede pública do DF. Como doar? Para doar é preciso se cadastrar no site do Hemocentro. Após receber os dados, a equipe de pesquisa vai agendar uma entrevista para esclarecer dúvidas, formalizar o consentimento do voluntário, realizar triagem clínica e colher amostras de sangue para exames. Para participar da pesquisa, a pessoa curada precisa atender aos seguintes critérios:

  • Ter entre 18 e 60 anos de idade;

  • Pesar no mínimo 60kg;

  • Se mulher, não ter histórico de gestações;

  • Ter diagnóstico laboratorial confirmado de infecção por SARS-Cov-2;

  • Estar sem sintomas de Covid-19 há pelo menos 15 dias;

  • Não ter tido manifestações graves em função da Covid-19 (choque séptico, parada cardíaca e/ou entubação traqueal/respiratória).

A Secretaria de Saúde afirma que o paciente internado por Covid-19 só receberá o tratamento com plasma se houver consentimento dele ou da família.


Fonte: G1

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