Hoje, são vendidos mais de 2 300 tipos de agrotóxicos no Brasil. Não é à toa que, de 2007 a 2014, o país tenha registrado 25 mil episódios de intoxicação por esses produtos, de acordo com um levantamento da Universidade de São Paulo. Desse total, um quarto das vítimas são crianças e adolescentes.
Há indícios de que a ingestão das substâncias eleva o risco de dores de cabeça, náuseas e até mesmo câncer. Se a alta exposição atingir os pais, a criança pode ser afetada ainda na barriga da mãe, como observou a farmacêutica Lidiane Silva Dutra, da Fundação Oswaldo Cruz.
Entre 1994 e 2014, ela notou um aumento nos casos de malformações congênitas nas regiões onde a população tinha maior contato com agrotóxicos. “São necessárias mais ações de vigilância em saúde e diminuição da exposição nesses locais”, alerta.Veja também
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Não fuja dos vegetais: os dados assustam, mas ninguém deve restringir verduras, legumes e frutas. Eles são supernutritivos.
Invista no orgânico: apesar do preço salgado, é a melhor alternativa para garantir itens produzidos sem uso de agrotóxicos.
Hortas são uma boa: dá para cultivar alguns alimentos em casa. Se não tiver espaço, procure ou crie uma horta comunitária.
Lavar ajuda um pouco: ”Mas só limpa resíduos superficiais. O que penetrou no alimento não sairá assim”, avisa Lidiane.
Comece a cobrar: “Devemos exigir dos governantes medidas que nos protejam da exposição”, defende a pesquisadora.
Fonte: Abril Saúde
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