Qual é a mulher que não sente medo a respeito do que pode vir junto com a menopausa? Quando o assunto é relacionado à vida sexual, a insegurança aumenta ainda mais, pois os números não são animadores. De acordo com o Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Médico de Danville, as taxas informadas de problemas sexuais em mulheres na menopausa estão entre 68% e 86,5%.
O Portal Saúde Agora perguntou a opinião das especialistas Dra. Mariana Mendes (CRM - 25535/DF) - especialista na área da Ginecologia- e Dra. Wanessa Stival (CRM - 25288/DF) - especialista na área da Endocrinologia - a respeito dos hormônios femininos na menopausa e como afetam a vida e saúde sexual da mulher. Confira:
Portal Saúde Agora: O que é a menopausa? quando ocorre?
Dra. Mariana Mendes: Menopausa é o marco de 01 ano da última menstruação da mulher, quando os hormônios estrogênio e progesterona, principalmente, sofrem uma queda brusca. O considerado normal é quando ocorre dos 45 aos 55 anos, mas sofre influência da genética familiar e estilo de vida.
Portal Saúde Agora: Como a menopausa afeta as relações sexuais femininas?
Dra. Mariana Mendes: A menopausa em si não afeta, visto que é somente um marco. Já o climatério é definido como os sinais e sintomas relacionados a essa queda hormonal. Pode ocorrer diminuição da libido, ressecamento vaginal, irritabilidade excessiva, humor muito variável. A dispareunia (dor na relação sexual) é uma queixa muito frequente em consultório e muitas vezes é causada por diversos fatores. É de suma importância o acompanhamento climatérico ainda no início dos sintomas, para que não haja tanto prejuízo na vida da paciente como um todo.
Portal Saúde Agora: Quais os sintomas da menopausa? ela tem tratamento?
Dra. Wanessa Stival: As mulheres passam por algumas fases de alterações hormonais durante a vida e a perimenopausa é a que mais chama atenção para a maioria delas pelas mudanças e incômodos que trás. Nesse período o ovário reduz sua produção de hormônios femininos como o estradiol levando a diversos sintomas como irregularidade menstrual, alterações de humor e depressão, falta de memória, insônia, ressecamento vaginal e queda do libido, maior acúmulo de gordura abdominal e os tão incômodos fogachos, ondas de calor.
Para muitas a reposição hormonal está indicada e ameniza muitos desses sintomas trazendo qualidade de vida. O tipo de hormônio e a via de administração vão variar conforme os sintomas, o tempo de irregularidade menstrual, as comorbidades, o histórico familiar e a presença ou não de útero. Atualmente temos hormônios melhores e com isso mais segurança no tratamento hormonal. Para aquelas que apresentam contra-indicacao ao tratamento hormonal temos alternativas não hormonais que também vão depender dos sintomas e das comorbidades. O ideal é procurar seu ginecologista ou seu endocrinologista para avaliar a melhor opção e as vezes ouvir mais de uma opinião pode ser interessante.
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