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Pacientes omitem informações cruciais em consultas médicas

Quase metade dos pacientes pode omitir informações que poderiam ameaçar suas vidas, sugere um novo estudo.

Respostas de 4.510 pessoas em duas enquetes nacionais norte-americanas realizadas on-line indicam que até 47,5% dos pacientes não compartilham informações cruciais com os profissionais de saúde que os atendem, em uma ou mais das quatro categorias que representam uma ameaça iminente: potencial de sofrer violência doméstica; sobreviver a uma violência sexual; lutar contra a depressão ou pensamentos suicidas.

Dra. Andrea Gurmankin Levy, Ph.D., do Middlesex Community College em Middletown, nos Estados Unidos, e colaboradores descreveram seus achados em um artigo publicado on-line em 14 de agosto no periódico JAMA Network Open.

“Para os profissionais de saúde do atendimento primário poderem ajudar os pacientes a ter uma boa saúde, eles precisam saber o que o que o paciente está enfrentando”, escreveu a autora sênior Dra. Angela Fagerlin, Ph.D., do Departamento de Ciências da Saúde da População da University of Utah, nos EUA, em um comunicado de imprensa.

Os pacientes que sofreram violência sexual, por exemplo, podem estar em risco de transtorno do estresse pós-traumático e de doenças sexualmente transmissíveis, explicou a autora.

A pesquisa indica a necessidade de estabelecer uma relação de confiança e melhorar a comunicação entre os médicos e os pacientes.

Pesquisas anteriores demonstraram que os pacientes muitas vezes omitem comportamentos considerados menos importantes, como a falta de exercício ou a má alimentação, mas pouco se sabe sobre o quanto se revela sobre fatores que poderiam representar risco de vida.

Para o estudo atual, Dra. Andrea e colaboradores analisaram os dados provenientes de 2.011 adultos norte-americanos recrutados de Amazon’s Mechanical Turk (MTurk) e 2.499 recrutados da Survey Sampling International (SSI). A média de idade dos participantes foi de 35,7 e 61 anos, respectivamente.

Os participantes das duas enquetes feitas em 2015 foram solicitados, como parte de um amplo questionário, a ver uma lista de categorias de informações clinicamente relevantes e indicar se alguma vez tinham omitido alguma dessas informações para um médico e, caso tivessem, dizer por que o fizeram.

Nas duas enquetes, a violência doméstica foi o fator omitido com mais frequência (42,2% na Mturk e 42,3% na SSI).

Na amostra da MTurk, a segunda maior omissão foi depressão (38,1%), seguida de pensamentos suicidas (37,8%) e violência sexual (28,8%). Na amostra da SSI, a segunda maior omissão foi agressão sexual (41,6%), seguida de pensamentos suicidas (37,0%) e depressão (29,0%).

Medo de ser julgado

Mais de 70% daqueles que omitiram informações disseram que o fizeram por constrangimento. Vários outros motivos foram citados.

Fonte: Medscape

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