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Pais madrugam nas filas de postos de saúde para conseguirem vacina pentavalente no RJ

Esta quinta-feira (23) é a data prevista pela Secretaria Estadual de Saúde para que todos os postos do Rio de Janeiro tenham sido abastecidos com a vacina pentavalente, que previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite.

A grande busca da população, depois de aproximadamente sete meses sem encontrar a vacina nos postos de saúde, já forma grandes filas nas unidades do Rio. Na Região Metropolitana, pais madrugam na fila com bebês no colo para conseguirem atendimento.

Longas filas se formaram em posto de saúde de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para recebimento da vacina pentavalente. — Foto: Reprodução/TV Globo

No Centro de Saúde Doutor Vasco Barcelos, no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, pais afirmam que 100 senhas são distribuídas por dia e quem chega por volta das 6h30 já não consegue a vacina.

Segundo o Governo do Estado, no dia 13 de janeiro, o Ministério da Saúde enviou um lote com 66 mil doses da vacina.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu informou que não há falta da vacina pentavalente no município e que, neste mês, mais de 6,3 mil doses foram recebidas e distribuídas nas unidades. A secretaria também ponderou que postos são reabastecidos conforme as cargas se esgotam.

Desabastecimento

Entre junho e dezembro de 2019, faltou a pentavalente nos postos devido a problemas com o fornecedor da vacina. Com isso, pais e mães ficaram seis meses sem conseguir vacinar os filhos. A vacina precisa ser aplicada nos bebês aos 2, 4 e 6 meses de vida.

No dia 7 de janeiro deste ano, o Ministério da Saúde voltou a distribuir as doses. Ao todo, foram distribuídas 1,7 mil doses da vacina para os estados, que, em seguida, encaminharam aos municípios.

No Rio de Janeiro, as doses chegaram no dia 13 de janeiro deste ano. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio informou que recebeu uma nova remessa da vacina vinda do Ministério da Saúde com 66 mil doses. Cada município teve que agendar previamente a retirada dos lotes na Central Geral de Abastecimento.

A pentavalente garante a proteção contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite b e uma bactéria que provoca infecções no nariz e na garganta (bactéria haemophilus influenzae tipo b).

A vacina pentavalente deve ser dada em bebês aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses de idade. O Ministério da Saúde orienta que os municípios devem regularizar a caderneta de vacinação das crianças assim que os estoques estiverem regularizados.

O Brasil compra a vacina via Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde, pois não existe laboratório que produza no país. Em julho de 2019, os lotes recebidos foram reprovados nos testes de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e da Anvisa. Em agosto, o Ministério da Saúde solicitou reposição do produto, mas, naquele momento, não havia disponibilidade imediata no mundo.

Fonte: G1

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