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Pesquisa da UnB mostra que 23% das gestantes brasileiras têm anemia

Foto do escritor: Portal Saúde AgoraPortal Saúde Agora


Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), divulgada na última semana, revela que a taxa de anemia entre as gestantes brasileiras está em 23%. O dado coloca o Brasil na segunda classificação mais alta da Organização Mundial de Saúde (OMS), considerando um problema moderado de saúde pública nacional.


O estudo, feito pela pesquisadora Amanda Biete, analisou trabalhos publicados entre 1974 e 2021, e contemplou todas as regiões do país. A amostra considerou 12.792 grávidas, nos três trimestres gestacionais, com idades entre 10 e 49 anos.

Segundo a pesquisadora, o Brasil possui políticas para reduzir anemia em gestantes, como a fortificação das farinhas de milho e trigo e a suplementação de ferro. A pesquisa tinha como objetivo ver se havia diferença entre o antes e o depois dessas políticas públicas, mas os estudos avaliados não mostraram diferenças significativas. Nathalia Pizato, professora da UnB e orientadora da pesquisa, explica que a inadequação do consumo de ferro pode ser uma justificativa para os dados encontrados. "Vemos uma tendência de modificação no padrão da alimentação: os brasileiros estão consumindo menos alimentos in natura e mais alimentos ultraprocessados, que têm muita energia, mas são pobres em nutrientes, entre eles o ferro", diz a pesquisadora. "Essa transição nutricional pode ser uma das justificativas pelo fato de ainda haver anemia nas gestantes, mesmo com as políticas de suplementação de ferro e de ácido fólico nas farinhas", diz Nathalia. Anemia entre gestantes A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que gestantes com nível de hemoglobina menor que 11 g/dL têm anemia. Segundo os médicos, essa condição é comum nesse público porque grávidas têm excesso de líquido circulando no organismo, devido, por exemplo, à produção do sangue do bebê e do líquido placentário, apresentando um desequilíbrio entre o volume de plasma e o volume dos glóbulos vermelhos.

O ácido fólico é recomendado a todas as mulheres desde o início da gravidez para evitar o conjunto de más-formações que podem ocorrer no bebê. Também conhecido como Vitamina B9, o ácido fólico ajuda a combater a anemia e as doenças cardiovasculares. Nas gestantes, ele atua na prevenção das malformações congênitas como a anencefalia (má formação do cérebro) e espinha bífida (defeito no tubo neural). Ambas as alterações são facilmente evitáveis com o uso do ácido fólico. Prevenção e tratamento A pesquisadora Amanda Briete explica que, para prevenir e tratar a anemia em gestantes, é preciso observar três pilares:

  1. Diversificação alimentar

  2. Suplementação de prevenção

  3. Fortificação alimentar

Além disso, é importante manter o acompanhamento médico durante toda a gestação. Ferro heme e não-heme Há dois tipos de ferro: heme e não-heme. O ferro heme é proveniente de fontes animais e é mais facilmente absorvido pelo organismo. Você encontra o ferro heme nos seguintes alimentos:

  • Carne vermelha

  • Fígado

  • Ovos

  • Peixes

Verduras folhosas de cor verde-escura, como couve e espinafre, e leguminosas, como feijão, ervilha e lentilha também são fontes de ferro. No entanto, esses alimentos são considerados não-heme, o que significa que a pessoa não absorve tanto ferro de fontes vegetais quanto da carne vermelha.

Pães e cereais matinais podem ser enriquecidos com ferro — embora, mais uma vez, nem sempre se encontre em uma forma altamente absorvível.


Fonte: G1

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