A Divisão de Repressão a Sequestros, da Polícia Civil do Distrito Federal, agiu rápido, nesta quinta-feira (28), e recuperou um recém-nascido retirado à força do Hospital Regional de Taguatinga. O bebê foi levado por uma jovem de 23 anos que fingiu trabalhar na unidade de saúde. Ela estava grávida, mas perdeu a criança e sequestrou outra para fingir ter dado à luz.
De acordo com as autoridades, a denúncia do sequestro do bebê chegou ainda pela madrugada. Depois de realizar trabalho de inteligência, a Polícia Civil localizou a autora e a prendeu em flagrante. Ele foi detida quando procurou atendimento no Hospital Regional de Ceilândia.
O delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique Dourado, explicou que a mulher presa perdeu o bebê que espera aos quatro meses. Segundo o policial, ela não contou o fato à família e fantasiou que poderia dar “continuidade” à gestação. Relatos de familiares, no entanto, apontavam certo comportamento arredio da suspeita, a qual não mostrava as evoluções da gravidez.
A ideia de que ainda poderia dar à luz levou a mulher a sequestrar o bebê. Para isso, ela foi ao hospital por duas vezes, nos dias 23 e 25 de novembro. Ela conseguiu acesso ao local usando a carteirinha do pré-natal que realizava antes de sofrer aborto. Depois de reconhecer o local, no dia do sequestro, ela chegou ao hospital por volta das 15h e ficou por lá até às 3h. Foi quando pegou o recém-nascido e o levou em uma bolsa.
A sequestradora escolheu a criança em questão porque a mãe estava do bebê estava desacompanhada. Vestindo um jaleco, argumentou que precisava levar a criança para um teste de glicemia, o que foi inocentemente aceito pela vítima. Mas, de acordo com relatos, instantes depois, a mãe teve um “pressentimento” e saiu em busca de enfermeiros a fim de localizar o filho. Foi então que percebeu o crime.
A autora e o bebê foram encontrados horas depois, no Hospital Regional de Ceilândia, quando ela tentava passar por atendimento a fim de dar ares de legalidade à situação. Nesse momento, já estando a Polícia Civil em investigação, identificaram o caso e realizaram a prisão.
A jovem de 23 anos vai responder pelo crime de subtração de capazes, com pena prevista de reclusão de dois a seis anos, e multa.
Fonte: BHAZ
Comments