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Foto do escritorPortal Saúde Agora

Porfiria aguda intermitente: entenda a doença raríssima que matou estudante de medicina, aos 23 anos, no Piauí



Internada desde maio em um hospital particular de Teresina, Piauí, a estudante de medicina Maria Clara Sabóia, 23 anos, morreu na última segunda-feira devido a complicações de uma doença rara conhecida como porfiria aguda intermitente. Natural de Luzilândia, Interior do Piauí, com 26,2 mil habitantes de acordo com o IBGE, a estudante foi diagnosticada com uma condição genética que atinge uma ou duas pessoas a cada 100 mil e tem como tratamento um medicamento que custa mais de R$ 50 mil.


A família teve que organizar uma vaquinha para Maria Clara continuar o tratamento com um medicamento que custa R$56.900, mas ela não resistiu, de acordo com o comunicado da irmã, Maria Arlene Sabóia, no Instagram.


Os sintomas da doença surgiram no início do ano e se intensificaram rapidamente, fazendo com que ela tivesse dores intensas no corpo e perdesse a mobilidade das pernas e braços.

Mesmo sem uma exatidão no diagnóstico da morte de figuras históricas como o pintor Van Gogh, a patologia foi uma das causas atribuídas ao fim de sua vida, assim como depressão e bipolaridade. Além dele, o rei britânico George III também teria sofrido com os sintomas.


O que é porfiria aguda intermitente?


De acordo com a Associação Brasileira de Porfiria (ABRAPO), é uma doença metabólica que afeta o sistema neurológico, gastrointestinal e cardiovascular. e desencadeada, causa sintomas como dor, enxaqueca, prisão de ventre e vómitos durante horas ou até dias.


Em pacientes não tratados é possível uma evolução que ocasione tetraplegia e paralisia respiratória, exigindo ventilação mecânica.


Como ela pode ser identificada?


Mesmo sendo hereditário, na maioria dos casos a doença não se revela no portador. Com isso, além da análise do histórico familiar, é necessário realizar um teste de urina para a identificação da patologia.


O que faz a doença se desenvolver?


Muitas causas podem fazer com que a pesoa seja suscetível à porfiria, como o abuso de álcool e tabaco, estresse crônico, infecções e até mesmo uso prolongado de anticoncepcional a base de progestágeno isolado.


Fonte: O Globo

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