Um dos principais problemas em todos os lugares do mundo é a demanda da saúde pública. Há mais pessoas para serem atendidas do que médicos e profissionais disponíveis para atender. Porém, por outro lado há também inúmeros casos de pessoas que vão até a unidade de saúde desnecessariamente ou que precisam ficar horas na fila apenas para conseguir uma vaga. Pensando nisso, a Secretaria de Saúde de Florianópolis foi buscar o que há de mais moderno para buscar soluções e desenvolveu o programa Alô Saúde.
A implementação do programa começou ainda no ano passado, quando foram comprados celulares para todas as unidades do município. Os profissionais foram treinados e os pacientes de cada bairro passaram a receber um número para falar diretamente com os profissionais.
— A ideia é que os pacientes do bairro tenham uma relação direta com são os profissionais. Assim, o médico que atende aquela pessoa já conhece o caso clínico e consegue inclusive orientar pelo telefone, evitando muitas vezes que o paciente procure a unidade de saúde desnecessariamente, tirando a vaga presencial de outro que é mais urgente — explicou o secretário.
Pelo WhatsApp, já é possível se comunicar com os profissionais, pedir orientações e fazer um acompanhamento a distância, semelhante ao que já ocorre quando um paciente consulta com um médico na iniciativa privada.
Inteligência Artificial
Agora, no mês de março, será implementada a segunda etapa, com o uso de inteligência artificial. Conforme o secretário, o programa já existe na Inglaterra, Espanha e Portugal, mas desconhecem alguma cidade brasileira que tenha implementado. A ideia é que esse software faça um atendimento pré-clínico e através das respostas do paciente consiga identificar a gravidade, para então encaminhar para o atendimento correto: UPA, Unidade de Saúde ou Hospital mais próximo.
Esse atendimento pré-clínico vai ser acompanhado por enfermeiros, que vão estar na retaguarda, monitorando. Conforme o secretário, com isso espera-se também evitar que muitos pacientes com problemas simples, que não necessitam de atendimento médico com urgência, procurem as unidades de saúde.
— Muitas vezes o paciente só precisa de segurança em relação ao diagnóstico ou uma orientação simples, que pode ser dada pelo telefone. Ao mesmo tempo, assim também é possível estar atento aos casos que têm maior gravidade, e garantir que estes serão atendimentos com urgência, porque vai ter vaga — explicou o secretário.
Aplicativo
A terceira etapa do programa é o desenvolvimento de um aplicativo, que vai ser abastecido em cada atendimento que o paciente fizer. Vai conter informações como vacinas, remédios que a pessoa já ingeriu e contraindicações.
— Isso vai facilitar muito para o paciente, mas também para outros profissionais que eventualmente vão atendê-lo. Vai ser o prontuário eletrônico dele. Isso vai ajudar muito na continuidade do tratamento — disse.
A expectativa é que o programa melhore a qualidade do serviço oferecido, qualifique o atendimento ao paciente, que terá uma resposta imediata e reduza o tempo de espera. Além disso, também acreditam que o programa pode servir de exemplo para outras cidades brasileiras.
— Muitas vezes estivemos a frente em diversos programas. Dessa vez não será diferente — finaliza o secretário.
Fonte: G1
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