A prefeitura do Rio anunciou, nesta sexta-feira (25), que pretende implantar um projeto de atendimento médico remoto em clínicas que ficam em áreas violentas da cidade. Não foram dados detalhes ou um prazo para que o serviço esteja disponível.
“Nos últimos 40 dias, tivemos 209 eventos de fechamos de clínicas da família motivados pela violência. É como se essas clínicas permanecessem fechadas por dois dias nesse período de 40 dias”, disse a secretária municipal de Saúde, Ana Beatriz Busch.
De acordo com o prefeito Marcelo Crivella, o serviço de telemedicina servirá para auxiliar o trabalho de técnicos, enfermeiros e outros profissionais quando o médico não estiver ou não conseguir chegar até a unidade de saúde.
“Em algumas clínicas temos paralisações por causa da violência, tiroteios, brigas de facções ou operação policial e a clínica fecha. Nesses locais, a gente quer que o médico faça atendimento remoto por tela. O médico que não pode ir por questão de violência, vai poder para ver os sintomas, ajudar”, disse Crivella.
O prefeito exemplificou como poderia ser a atuação remota: “Tem um paciente ao lado de um enfermeiro, profissional de saúde que possa passar pro médico o sintoma, temperatura, pressão. É uma estratégia de prestar socorro.”
Crivella também anunciou que 301 novos médicos estão sendo convocados para a saúde municipal.
Cremerj critica
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) criticou a ideia. De acordo com o presidente do Cremerj, Sylvio Provenzano, a telemedicina não tem regulamentação.
“Meu receio é que, como não está regulamentada a telemedicina, como a gente pode agir com segurança, que possa sair um tiro pela culatra ao invés de ajudar, prejudicar mais a população”, disse Sylvio Provenzano.
Fonte: G1
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