Brasília ganhou, nesta quinta-feira (19), um projeto para dar aos jovens a oportunidade de aprender novas habilidades, por meio de oficinas, de maneira a auxiliar aqueles sem grandes expectativas de vida. Intitulada Juventude Sustentável, a iniciativa tem o apoio de diversas secretarias e órgãos do Governo do Distrito Federal, entre estes, a Secretaria de Saúde (SES).
Na prática, a parceria permitirá que jovens com sintomas de problemas de saúde mental sejam encaminhados às unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e a outros serviços da pasta. “Esse trabalho é maravilhoso e nos traz a esperança de trabalhar na prevenção ao suicídio e à automutilação”, destaca o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. “Sabemos que 98% dos casos de autoextermínio têm causas diretamente ligadas a problemas de saúde mental”.
Fundamentada na pesquisa que aponta o suicídio como segunda causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos, a coordenadora e idealizadora do projeto, Bárbara Susan, criou um programa de sustentabilidade para ajudar esse público a retomar a autoestima.
“As oficinas vão ajudar os jovens a cuidar do meio ambiente, a lidar com a sustentabilidade”, explica. “Teremos, ainda, um coworking [método de trabalho que se baseia em espaço compartilhável] sustentável que vários projetos ambientais do DF poderão usar como sede”.
Oficinas e abordagens
Diversos alunos de escolas públicas do DF presenciaram o lançamento do Juventude Saudável, evento aberto por apresentações de dança de grupos ligados a projetos sociais, no Parque da Cidade, que Susan ressalta como um espaço bastante democrático. Posteriormente, o projeto poderá ser adotado por todas as demais regiões administrativas.
Haverá aulas de empreendedorismo, cooperativismo, meio ambiente e sustentabilidade, marketing digital, móveis em pallets, tendas de bambu e buffet sustentável. “Cedemos um espaço que não estava sendo usado para que seja transformado com amor”, informa o administrador do Parque da Cidade, Silvestre Rodrigues.
Também estão programadas rodas de conversa sobre autoestima, superação, comunicação familiar e desenvolvimento social, e ainda terapias alternativas com base em metodologias como a Ecologia profunda, conceito desenvolvido pelo filósofo norueguês Arne Næss para estimular o convívio em harmonia com a natureza e a consciência de que os recursos naturais são limitados, lembrando que todos somos parte de um único sistema.
Fonte: Agência Brasília
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