O ministro da Saúde Marcelo Queiroga declarou nesta quarta-feira (10) que a vacinação contra a Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos não está entre as prioridades da pasta para combater a pandemia. E que o foco por ora vai ser fortalecer a aplicação da segunda dose e da dose de reforço nos públicos que já têm essa possibilidade. As declarações foram dadas em João Pessoa, cidade natal de Queiroga, durante um evento que ele participou na capital paraibana com representantes das secretarias de saúde do estado e de municípios paraibanos.
Ele lembrou que, em que pese a Pfizer já ter iniciado esse tipo de imunização nos Estados Unidos, nada foi aprovado ainda pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele destacou também que as crianças com essa idade não representam um problema epidemiológico tão grave.
“Quantas crianças estão morrendo em decorrência da Covid-19 ou enfrentam problemas graves como a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica?”, questionou o ministro.
De acordo com Marcelo Queiroga, portanto, os custos de vacinar cerca de 20 milhões de crianças entre 5 e 11 anos não se justificam se considerado o baixo risco que sofre essa parcela da população. “Seriam mais de quarenta milhões de doses de vacina, a 14 dólares por dose”, explica, reforçando que, de acordo com ele, “o custo benefício” não se justifica. Queiroga disse ainda que o Estado não tem o direito de tornar esse tipo de vacinação obrigatória, visto que essa decisão seria uma decisão dos pais das crianças decidirem se elas vão ou não ser vacinadas. E que, antes, precisa haver “uma ampla discussão para verificar primeiro se essas vacinas são efetivamente seguras”.
Para o ministro, a prioridade agora é avançar na vacinação de segunda dose e principalmente da dose de reforço em quem tem mais de 60 anos. E que, mesmo a pandemia ainda não tendo acabado, já há claros indícios de melhora na situação do país. Natal sem máscaras Mais cedo, o ministro Marcelo Queiroga disse que vai trabalhar para ter um "Natal sem máscara", se referindo aos itens de prevenção ao contágio pela Covid-19. Para ele, dispensar o uso do equipamento de proteção individual pode ser possível devido ao avanço da vacinação no país.
“A população brasileira é esclarecida. A população brasileira tem buscando a campanha de vacinação [...]. E vamos trabalhar firmemente para ter um Natal sem máscara”, pontuou.
No entanto, o ministro não detalhou se a pretensão do governo federal é desobrigar o uso de máscaras nem deu detalhes de como a medida deve acontecer na prática.
Fonte: G1
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