A amamentação traz benefícios não apenas ao bebê, mas também à mãe. Segundo o ginecologista Paulo Nicolau, da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estados de São Paulo), trata-se do “melhor remédio natural” para contrair o útero, que se estendeu durante a gestação.
“É normal que a mulher sinta cólica enquanto está amamentando. Essa contração é resultado de um processo fisiológico que já acontece desde a primeira mamada e ocorre devido à liberação do hormônio ocitocina pelo cérebro, junto coma a prolactina, o hormônio da lactação”, explica. “Isso faz com que o útero volte ao tamanho normal de forma mais rápida”, completa.
De acordo com o médico, o útero leva cerca de 6 semanas (42 dias) para voltar ao normal. “Esse período se refere ao tal resguardo do qual falavam antigamente. Nessa fase, o útero está voltando ao normal, por isso recomenda-se que a mulher não faça esforço nem tenha relações sexuais”, afirma.
Já em relação à perda de peso supostamente provocada pelo aleitamento, o ginecologista ressalta que não há comprovação científica. “É preciso que a mãe manetenha a hidratação e uma alimentação saudável. O peso deve ser uma das últimas preocupações”, diz. “A amamentação é um processo fisiológico que melhora a absorção de minerais”, completa.
Estar relaxada durante a amamentação também é um fator positivo para a saúde da mulher. “Quando está tranquila, sem muitas visitas, endorfinas, que são hormônios do prazer, que fazem sorrir, que dão a sensação de felicidade do dever cumprido, são liberadas”, afirma.
A mulher que amamenta pode passar ilesa ou de forma mais branda pela chamada blues puerperal, a depressão puerperal, que pode ocorrer durante as três primeiras semanas pós-parto, segundo Nicolau. “Realmente o período pós-parto é muito delicado, a mulher fica muito sensível, pois, além dos hormônios que estão atuando há o aspecto social, no qual ela se sente cobrada se está dando conta do recado. Se ela amamentar e se semtor realizada, o blues puerperal pode nem aparecer”.
Outro benefício do aleitamento é a prevenção do câncer de mama. “Há uma menor incidência do câncer de mama em mulheres que amamentaram”, diz.
O ginecologisa observa que muitas mulheres temem amamentar com receio de ficar com os seios “amolecidos e com estrias”. “A mama fica até mais firme porque a glândula mamária foi feita para produzir leite”, afirma.
Mas, para ele, os maior ganho de todos da amamentação para a mulher é o emocional. “A realização do clico materno que ela idealizou”, frisa. “Quando ela vê que é responsável pela alimentação daquela criança, cria um vínculo muito mais forte”, finaliza.
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